Luta por Direitos Iguais
Mulheres da história, dos quilombos, da política
Imagine Inglaterra e França numa guerra sangrenta nos tempos medievais, a Guerra dos Cem Anos. Você acreditaria que uma mulher teve coragem para reunir um exército ao seu redor e influenciar esse conflito? Essa foi Joana D’Arc (1412 – 1431), uma francesa que acreditava ouvir vozes que instruíam seus atos na guerra. Sua liderança era uma afronta aos padrões sociais e religiosos da época e levaram a uma morte brutal: a fogueira.
No Brasil, nos tempos da colônia, Dandara foi esposa de Zumbi dos Palmares, com importante papel na resistência contra a escravidão. Além de esposa e mãe de três filhos, foi guerreira, participando de ataques e defesas de resistência nos Palmares. Suicidou-se quando capturada para não voltar a ser escravizada. Hoje em dia estudos comprovam que a mulher negra ainda é a que mais sofre discriminação no mercado de trabalho – Dandara é um exemplo de inspiração para reverter este quadro.
Outro exemplo de coragem e força foi Anita Garibaldi (1821 – 1949), que lutou ao lado de seu companheiro revolucionário Giuseppe Garibaldi em diversas batalhas no sul brasileiro, o que lhe rendeu o título de “Heroína de Dois Mundos”. Assim como Anita, Eva Perón (1919 – 1952) inseriu-se na vida política ao lado do esposo, no caso dela como primeira dama. Mas sua personalidade cativante e sua força renderam-lhe um lugar a parte na história: conhecida também como Evita, extremamente popular e querida pelo povo, criou o Partido Peronista Feminino e deu direito de voto as mulheres argentinas em 1947. Com sua Fundação Eva Perón foi referência na construção de hospitais, escolas, asilos para idosos e abrigos para mães solteiras.
Na história contemporânea, Margareth Thatcher foi a primeira mulher a dirigir uma democracia moderna, em 1979, ao ser eleita primeira-ministra do Reino Unido. Apesar de seu posicionamento político extremamente neoliberal ter rendido diversos retrocessos no aparato de proteção social do país, governou com dureza e rigidez, ganhando o apelido de “dama de ferro”. Vale ainda destacar Benazir Buttho (1953 – 2007), primeira mulher que ocupou o cargo de premiê de um país muçulmano dirigindo o Paquistão em duas ocasiões. Foi assassinada em plena campanha política.
E, cá entre nós, a maior inspiração de todas: Maria da Penha, brasileira e símbolo emblemático na luta pelo direito e proteção da mulher, é líder de movimentos contra a violência doméstica e conquistou, em 2006, a lei Maria da Penha, a qual aumenta o rigor e punições para violência contra a mulher. Devido às agressões de seu ex-marido, Maria da Penha tornou-se paraplégica, mas nunca desanimou de sua luta.
Fonte: Muquirana
Publicação Joraci de Lima
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